Shalom Adonai. Porquanto, afirma a Escritura: “Não amordaces a boca do boi quando estiver debulhando o cereal”, e ainda, “digno é o trabalhador do seu salário” (1Tm 5.18 KJA).

Meu objetivo com este artigo é despertar as igrejas quanto ao cuidado e responsabilidade com seus pastores, aqueles que velam por suas vidas (Hb 13.7). É importante evidenciar que o pastor não recebe salário, mas sim prebenda ministerial; o salário possui natureza trabalhista, enquanto a prebenda guarda relação com o sustento eclesiástico.
Vivemos em tempos difíceis, pois ser pastor, para muitos, não é mais vocação e sim profissão, apenas uma forma de ganhar dinheiro. Lamentavelmente, sou obrigado a concordar que alguns dos chamados “ministros de Deus”, em virtude da fama e do poder que o ministério lhes pode conceder, negociaram a fé, trocando suas almas, sonhos e dignidade por trinta moedas de prata. Jesus denuncia, como fizeram antes Dele os profetas, os falsos pastores, afirmando serem eles ladrões, bandidos e assaltantes. Em contrapartida, o Pastor é aquele que dá a vida pelas ovelhas (João 10). Os que servem ao Evangelho têm o direito de receber o seu sustento pelo trabalho que fazem. Entendo que o pastor que se dedica ao Evangelho, pastoreando a igreja, deve ter as suas necessidades satisfeitas por ela, ou seja, a igreja deve providenciar o seu sustento. A igreja deve cuidar dele, inclusive financeiramente. Dessa forma ele ficará tranquilo para desempenhar seu ministério. Se sentirá assistido.
É evidente que existem igrejas muito pequenas que não têm condições de sustentar integralmente o seu pastor. Nesse caso, a igreja e o pastor devem achar uma melhor solução para o caso. Paulo mostra a importância de a igreja honrar o servo que a serve com um salário digno. Quando a igreja honra o seu pastor com um honorário financeiro que abençoa a sua vida e de sua família, e que satisfaz as suas necessidades, cumpre o dever bíblico de honrar os servos enviados por Deus. Como presidente da CIBIESP, faço coro às palavras do pastor Isaac Gomes de Oliveira (presidente da UMBIESP) e do pastor Paulo Giovani (presidente da UMBI), e solicito às igrejas pertencentes à CIBI em São Paulo que cuidem de seus pastores e família. Segundo o líder nacional do Ministério de Apoio para Pastores e Igrejas (MAPI), Gedimar de Araújo, pastor é “gente como a gente”. Ora, assim como os membros de sua igreja, o pastor precisa pagar suas dívidas, saldar seus impostos, vestir seus filhos, pagar escola, comprar material escolar e tantas outras coisas. Diante do exposto, deixo algumas recomendações às igrejas, sendo observadas as condições financeiras de cada uma. Embora não regido por CLT, tem sido consenso a igreja conceder ao pastor direitos como férias (acrescida de um terço), gratificação natalina, fundo pastoral e outros. Tem sido prática cada vez maior entre as igrejas assumir o pagamento do INSS, Plano de Saúde, fundo pastoral, aluguel residencial e outros benefícios para os seus pastores. É evidente que nem todas as igrejas podem arcar com todos os benefícios aqui mencionados, mas a nossa sugestão é que pelo menos o INSS e o fundo pastoral sejam pagos pela igreja, já que com relação ao INSS o pastor dependerá de uma aposentadoria no futuro. Já o fundo pastoral equivale a “indenização” quando ele deixar o pastorado local. A igreja que tem o cuidado com seu pastor, receberá com certeza o galardão do Senhor!


Em Cristo,
Sérgio Francisco da Silva
Presidente

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